quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Confissões de um anjo em seu fim

Vampiro que suga meu sangue
Meu coração por ti se perdeu
Agora pertence à tua gangue
Talvez nem saibas o que ocorreu
 
Não é só meu sangue que sugas
É também meu coração
Tento fracassadas fugas
Mas prendes a minha atenção

Sei que não tens alma
Sangue algum em tuas veias corre
Perto de ti não tenho calma
Minha sensatez morre
 
Às vezes eu paro e penso:
Será que sabes o que sinto?
Será que também ficas tenso,
Ou será que pensas que minto?
 
Será que é hora de saber?
Percebo que a noite se vai.
Mais perto está o amanhecer
E sua amiga lua, agora, cai...
 
Não suporto ver-te me olhando
Esses olhos negros a me contemplar
A sensação de estar me fotografando
Faz a minha cabeça girar

O que passas pela tua mente?
Não sei e nunca vou saber
Vampiro, mesmo indiretamente
Tu já pertences ao meu ser
 
Tenho clones teus gravados em mim
Dentro da alma e no coração
Meu sono está tão ruim
Fecho os olhos e caio em tentação
 
Já não consigo mais te ver
Perco a calma e começo a chorar
Se eu nunca vou poder te ter
Minha alma então vou te dar
 
Já que é tudo que buscas em mim
Não vejo mal em fazê-lo então
Meu início se torna meu fim
Minha luz agora é escuridão
 
Já um anjo eu não sou mais
Não cumpri minha missão
Volto agora para o cais
Onde sofrerei nova transformação
 
Serei destinada a viver
Como ser humano neste mundo
ovas dores irei sofrer
E seguirei até meu abismo profundo

Angelli

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