quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Desafio da morte

Eu te avisei.
Disse que sou de errar.
Você quis testar
E eu te decepcionei.

Você me enganou,
Mas eu confiei.
Pro meu caminho não olhei,
E de mim você não cuidou.

Quando se perde o céu

Em certos momentos da vida
Faltam palavras em nossas bocas
Nossa alma se encontra perdida
E nossa cabeça fica oca

E são nesse momentos
Em que delas mais se precisa
Ajuda a desviar o pensamento
A dor diminui e a alma, alisa.

Confissões de um anjo em seu fim

Vampiro que suga meu sangue
Meu coração por ti se perdeu
Agora pertence à tua gangue
Talvez nem saibas o que ocorreu
 
Não é só meu sangue que sugas
É também meu coração
Tento fracassadas fugas
Mas prendes a minha atenção

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Culpas

Venho me retratar pelas acusações a ti feitas
Sei que não tinha motivos, sei que não tens culpa
Sei que, acima de tudo, me respeitas
Venho, em súplicas, te pedir desculpa
 
Tenho feito histórias fictícias sobre nós
Envolvendo-te em meus sonhos, incriminando-te em vão
Tenho falado, falado e te deixado sem voz
Para se inocentar, para me acusar, sei que não mereço perdão

Mudança de Cargo

Covarde! Mais uma vez em seus disfarces
Não mereceu o cargo de Demônio, que tanto sonhou em ter
Estupidamente apaixonara-se e pecou ao criar entrelaces
Com alguém mais astuto e poderoso, alguém que não podias combater
 
Tua Inspiração é um gênio sem igual
Sabe controlar as pessoas
Foi tu que começastes mal
Tuas intenções foram “muito boas”. 

Astúcia Fajuta

Ah, Demônio! Como és tonto!
Consegues ser mais ingênuo do que eu
Outra vez caíste no mesmo conto
Estás sofrendo agora com um coração que era meu

Agora sei de seus planos
Conheço seus objetivos
Que tentaste esconder embaixo de panos
Descobri seus reais motivos

Coração angelical, mente demoníaca

Minha alma de anjo
Dentro de mim ainda existe.
Compreende o anjo
Que em cuidar de mim insiste.
 
Pobre de minha alma!
Anda muda, doente...
Nada lhe acalma
Ao ver o outro lado contente.

Inútil Paixão

Demônio, porque ages assim?
Não tens pena de mim?
Usa sem dó o teu olhar,
Tens charme até ao andar.

Tua inteligência é fascinante
Teu discurso é empolgante
De tua boca surgem as mais negras teorias
E também desperta as mais súbitas fantasias

A busca pela felicidade

Anjo, sei que te fiz sofrer,
mas teu coração não vou devolver.
É a única lembrança que tenho de ti.
Ele é para mim, agora, tal qual rubi.

Consegui tudo o que quis
com esse meu jeito sereno,
feito doce veneno,
menos ser feliz!

Réplica Angelical

Demônio, como és cruel!
Como és frio e calculista.
O teu amor é infiel.
Em fazer sofrer és especialista.

Estive disposta a te amar.
A dar-te o valor que querias.
Mas tu ensinaste-me a odiar.
Não vias o que perdias.

Meu desejo não era ser feliz.
Queria trazer a felicidade a ti.
Mas o teu ego aparecer quis.
E ainda acusas que meu próprio coração parti?
 

O Demônio ao Anjo

Cheguei de mansinho,
e tu sorriste pra mim.
Te ofereci carinho,
e tu sonhaste com felicidade sem fim.

Tentei te avisar,
Pra não te enganar,
mas você não quis me ouvir.
Teu jeito meigo não pude evitar.

O Anjo e o Demônio

Infiltrado entre as pessoas, um Anjo me visitou.
Estava triste, sombria. Não acreditei no que me contou:
Bebera o cálice maldito, e então se apaixonou.
Não haveria tanto mal nisso, se não fosse a quem apontou.

Prólogo

Demônio, porque
tomastes esta forma?
Levaste meu coração
sem ditar norma.
Devolva meu brasão,
ficar com ele pra quê?

Demônio, como és cruel...
Como és perverso e infiel...
Quanto maligno consegues ser...
Quanto mais vai me deixar sem viver?

Demônio, não posso ter o teu,
então, pelo amor de Deus, devolva o meu!

Belletti